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terça-feira, 23 de junho de 2009

Um campo de girassóis poético

(primeiro lugar do prêmio "Science as Art" de 2008, da MRS, de autoria de K. Hark, Chinese University of Hong Kong - "Field of Sunflowers")


Linda foto de girassóis, não é mesmo?

Hummm, girassóis? Parece... mas não é !
Essa é mais uma daquelas imagens obtidas por microscopia eletrônica e colorizada depois com fins artísticos. Também há arte e poesia no nano(bio)mundo!

Nanofibras de óxidos de silício possuem a habilidade de se organizar de várias formas, inclusive como essa, que se assemelha de forma impressionante a girassóis. Gálio e ouro atuaram como catalisadores da reação entre silício e oxigênio que resultou nessas lindas nanofibras, cada uma com cerca de 10 nm de diâmetro.

Não acha a reação das nanofibras poética? Pois bem, para ninguém dizer que não há poesia nesse post, transcrevo abaixo um dos meus poetas favoritos, no seu melhor heterônimo (na minha humilde opinião):


"O meu olhar é nítido como um girassol.
Tenho o costume de andar pelas estradas
Olhando para a direita e para a esquerda,
E de vez em quando olhando para trás...
E o que vejo a cada momento
É aquilo que nunca antes eu tinha visto,
E eu sei dar por isso muito bem...
Sei ter o pasmo essencial
Que tem uma criança se, ao nascer,
Reparasse que nascera deveras...
Sinto-me nascido a cada momento
Para a eterna novidade do Mundo..."

(Alberto Caeiro)

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2 comentários:

Daniel Christino disse...

Pode ser só coincidência, mas segui um comment seu no blog do Karl e achei esta poesia do Alberto Caeiro. Pois o meu blog chama-se exatamente "pasmo essencial". Dê uma olhada. Não tem quase nada em comum com o seu blog. Só a poesia. Mas eu gostei.

Fernanda Poletto disse...

Oi, Daniel!

Escolhi essa poesia pela referência aos girassóis e, principalmente, por tratar de forma tão "certeira" (falta palavra melhor no momento) a mágica de olhar para algo de forma completamente nova - que é justamente o que senti quando vi a foto, que não é de girassóis mas sim de nanocoisas..
Aliás, acho que quem trabalha com ciência acaba experimentando esse pasmo essencial sempre que descobre algo novo.
Muito legal seu blog - temos em comum não só o gosto pelo Fernando Pessoa, mas também por Messiah de Händel :-)

Obrigada pela visita, volte mais vezes

Abraços,

Fernanda

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